Babilônia: Uma dramédia caotica sobre os bastidores do cinema e sua evolução
O longa, que se passa entre os anos 20 e 40, traz a transição do cinema mudo para o falado
Babilônia tem sua estreia marcada para a próxima quinta-feira (19) e foi dirigido por Damien Chazelle, que se tornou um dos diretores mais promissores de sua geração após o sucessos como Whiplash: Em Busca da Perfeição e o musical La La Land: Cantando Estações. Agora a mais nova aposta do diretor é um filme sobre os bastidores do cinema entre os anos 20 e 40, além da vida caótica de algumas estrelas.
O filme retrata uma Hollywood em ascensão da década de 20, onde o cinema mudo está em seu auge, a novidade do cinema falado promete mudar toda a perspectiva da indústria, tendo um foco maior na jornada do jovem sonhador Manny (o estreante Diego Calva), que cruza o caminho do astro e galã do momento, Jack Crawford (vivido por Brad Pitt) e além de conhecer Nellie LaRoy, a caótica estrela em ascensão (vivida por Margot Robbie).
Babilônia comete muitos excessos na medida em que sua história progride e os arcos dos personagens vão se desenrolando, sem a menor pressa de cativar e aproximar o publico dos protagonistas. Com a chegada dos filmes falados, a história do cinema é revisitada com obras icônicas como Cantando na Chuva e a construção dos grandes estúdios de produtoras como Warner e MGM. Babilônia segue com um espetáculo visual e sonoro que ainda nos hipnotiza com sua parte técnica.
Colorido, dramático e por muitas vezes cômico em vários aspectos, o filme entrega tudo o que precisa em apenas 2 horas de enredo, mas decide se estender desnecessariamente em constantes análises de personagem que o tornam repetitivo, apesar das atuações brilhantes de seus protagonistas.
O filme nos dá a esperança de certos objetivos irão se concretizar e que veremos uma progressão positiva para os protagonistas, mas quando tem a chance de fazer acontecer, simplesmente joga tudo fora, apresentando conclusões indignas e desconexas do espetáculo que é apresentado nas horas iniciais, com exceção da conclusão do personagem de Brad Pitt, além de apresentar outros personagens, como o trompetista de Jovan Adepo e a cantora de Lin Jun Li porém não lhes é dado o mesmo interesse no que implica o fim de suas histórias. Entretanto, em seus minutos finais, Babilônia nos entrega uma bela homenagem a história do cinema, revisitamos pontos marcantes como o próprio cinema mudo, os primeiros filmes falados, os filmes de Marilyn Monroe, até chegarmos aos dias mais atuais com fragmentos de franquias icônicas como Jurassic Park, Exterminador do Futuro e Avatar.
Apesar de seus pontos negativos, nada impede que se possa apreciar Babilônia por seus pontos técnicos que são extremamente positivos. Não é um filme excelente, mas é um bom filme para quem gosta de uma boa produção metalinguística.
FICHA TÉCNICA
Babilônia
Título Original: Babylon
Duração: 3h10min
Direção: Damien Chazelle
Gênero: Drama/Comédia
Estrelando: Brad Pitt, Margot Robbie, Diego Calva, Jean Smart, Tobei Maguire, Lin Jun Li, Jovan Adepo e outros.
Estreia Nacional: 19 de janeiro de 2023
NOTA: 7/10
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