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Confira a crítica de A Mulher Rei, épico baseado em fatos reais

Filme conta a história de um dos exércitos mais poderosos da África

Quando falamos de filmes épicos, todos lembramos de obras como Gladiador, Tróia, Ben-Hur ou 300, excelentes histórias sobre grandes exércitos e seus guerreiros, majoritariamente protagonizados por brancos. Agora, um novo épico está para estrear e promete figurar entre os melhores da história.

O novo longa estrelado por Viola Davis, A Mulher Rei, se destaca dos demais filmes do gênero por possuir um elenco majoritariamente negro e feminino, além de ambientado na África, no antigo reino de Daomé (atual Benim), no século XIX.

Baseado em fatos reais, com uma protagonista fictícia, o longa narra a guerra entre o reino de Daomé, liderado pelo rei Ghezo (John Boyega) e o Império Oió, que disputavam territórios e o controle das rotas de comércio com os europeus (e brasileiros).

Viola Davis como Nanisca e John Boyega como o rei Ghezo em A Mulher Rei. Foto: Reprodução

Viola dá vida à lendária Nanisca, general do exército de guerreiras Agojie (também conhecido como Ahosi), as Dora Milaje da vida real. No meio da jornada, no entanto, muitas coisas acontecem e ela passa a supervisionar, ao lado de Izogie (Lashana Lynch) e Amenza (Sheila Atim), o treinamento de novas guerreiras. Além disso, um exército de inimigos as ameaça com o intuito de dominar Daomé e vender os dissidentes para os europeus e suas colônias.

Em meio ao caos, Nanisca precisa manter o controle e motivar as suas guerreiras, em especial as novatas que ainda são impacientes e tendem a agir por conta própria, além da tensão política dentro do próprio reino com a personagem sugerindo que o rei deixe de lado a venda de soldados inimigos como escravos e foque na venda de produtos como o azeite de dendê. Parte desse controle vem direto da atuação da própria Viola Davis que carrega uma grande carga emocional.

Guerreiras Agojie. Foto: Reprodução

O filme tem um roteiro impactante e sensível em todos os seus momentos. A Mulher Rei é dirigido por Gina Prince-Bythewood (The Old Guard), que conseguiu apresentar uma narrativa direta, com a dose certa de drama e ação em meio a muitos acontecimentos históricos. Tudo é muito bem entrelaçado, até mesmo nos pontos em que o filme se afasta da trama principal, para explorar melhor alguns personagens.

A Mulher Rei dá uma grande aula de história e incita o espectador a querer aprender mais sobre os acontecimentos do período e principalmente sobre o reino de Daomé e as Agojie.

Como, por exemplo, o rei Ghezo, que em meio a tantos personagens fictícios é um dos personagens reais. O longa também retrata com perfeição o comércio de escravizados e como ele se tornou um poder econômico dentro da África, causando as batalhas daqueles que se beneficiavam e que lutavam contra. Além disso, a novata Nawi, interpretada por Thuso Mdebu, é um tributo à ultima Agojie de que se sabe, falecida em 1979.

Muitos irão assistir A Mulher Rei e sairão das salas de cinema curiosos com o capítulo da história em que as “Dora Milaje” da vida real dominavam os campos de batalha do oeste africano e com um sabor de quero mais depois de um filme em que suas 2h14min passam como uma grande e emocionante aula.

Pôster de A Mulher Rei. Foto: Reprodução

A Mulher Rei estreia no dia 22 de setembro.

Ficha Técnica

Título Original: The Woman King

Tempo de duração: 2h14min

Gênero: Histórico, Drama, Ação

Direção: Gina Prince-Bythewood

Roteiro:  Gina Prince-Bythewood, Dana Stevens

Nota: 10/10

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