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Palworld: “Pokémon com armas” é acusado de roubar arquivos da Nintendo

Palworld lançou a poucos dias e já pode estar com os dias contados

Palworld foi lançado no dia 19 de janeiro e causou muitos burburinhos no mundo gamer. O jogo vendeu 3 milhões de cópias em menos de dois dias e se tornou o jogo da Steam com mais jogadores online ao mesmo tempo, mas o que chamou mais atenção foi a sua similaridade com Pokémon e isso não passou desapercebido. Na última segunda (22), o site VGC denunciou que existem fortes evidências de roubo direto de modelos dos jogos da GameFreak.

No último domingo (21), um usuário anônimo do X (antigo Twitter) que responde por “Byo” divulgou uma série de vídeos alinhando arquivos de modelos tridimensionais de criaturas de Palworld com arquivos equivalentes retirados dos dados de Pokémon Scarlet e Pokémon Violet, de Nintendo Switch. Mesmo sendo personagens, em teoria, diferentes, os arquivos se encaixam na mesma exata proporção, o que, segundo desenvolvedores, torna praticamente impossível que a coincidência seja acidental.

O vídeo mostra uma forte evidência de que ocorreu plágio direto do trabalho do estúdio GameFreak, de Pokémon, ao invés de uma inspiração nos visuais das criaturas, o que estaria completamente dentro das leis de direitos autorais.

O portal VGC, junto a dois artistas veteranos da indústria de jogos cujos nomes não foram revelados, apurou a veracidade das alegações sobre um possível plágio. Após uma longa análise, ambos concluíram que, caso o conteúdo do vídeo seja legítimo, as similaridades encontradas podem servir de provas jurídicas para um processo de plágio. Um dos desenvolvedores ainda afirmou que testemunharia caso fosse chamado ao tribunal.

“Eu já vi 30 artistas tentarem fazer o mesmo cavalo [em 3D] usando exatamente o mesmo esquema. Nenhum ficou tão próximo um do outro quanto esses modelos de Palworld são de modelos de Pokémon. As silhuetas e as proporções encaixam de forma quase perfeita,” explica.

No entanto, o outro especialista rejeita a hipótese de um uso indevido dos arquivos sem alterações. Ele explica que o esqueleto não é literalmente o mesmo, o que indica que o estúdio pode ter usado os modelos da GameFreak como base para encaixar seus Pals por cima, criando suas artes do zero. Porém, este processo ainda seria considerado plágio.

A Pocketpair não emitiu nenhum comunicado em sua defesa, no entanto o CEO da empresa Takuro Mizobe afirmou que os artistas envolvidos no desenvolvimento estariam sendo vítimas de ameaças de morte e apesar de não comprovar tais ameaças, o empresário assumiu toda a responsabilidade sobre a decisão final no design dos Pals.

Já o advogado Richard Hoeg, afirma que a inspiração em outra franquia, beirando os limites da ética, não consiste em uma infração legal. Assim, a aparente semelhança de forma visual, não seria considerada crime. Porém, caso o roubo de recursos criados pela GameFreak seja comprovado na justiça, a Nintendo poderá impedir as vendas de Palworld nas lojas virtuais.

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