Seu Império na Cultura Pop

CinemaCríticaFilmesNotícias

Resenha: Jurassic World: Domínio

De mãos dadas, “Jurassic World” e “Jurassic Park” brilham nas telas de cinema

Já imaginou como seria tomar um sorvete na praça enquanto seu filho brinca com um bebê dinossauro? Ou quem sabe receber a vacina para o câncer criada a partir de genes de dinossauro? Essas são possibilidades discutidas em Jurassic World: Domínio. O novo filme da franquia chega esse mês nos cinemas com suspense, ação, nostalgia, romance e reflexões da melhor qualidade.

A história se passa alguns anos após o antecessor com os dinossauros soltos por todo o planeta e em contato direto com os humanos, nem sempre de forma amistosa. Além disso, o clone humano Maisie (Isabella Sermon) chama atenção do mundo enquanto permanece protegida pelos heróis Owen (Chris Pratt) e Claire (Bryce Dallas Howard). Essa nova realidade estimula, mais ainda, a exploração por cientistas e empresários dos amados dinos, o que é representada pela empresa Biosyn. A equipe da empresa, comandada por um dono ambicioso e egoísta, “promete” proteger os dinos em local afastado, mas, na verdade, cria gafanhotos com material genético jurássico para dominar o comércio de alimentos. A praga dos novos gafanhotos destrói plantações imensas e ameaça a vida na Terra. O cenário fora de controle motiva a cientista Dr. Ellie Sattler (Laura Dern) a tomar providências urgentes.

Sam Neill, Chris Pratt e Isabella Sermon em Jurassic World: Domínio (2022)
Foto por John Wilson/ Universal Pictures. foto: reprodução

Dirigido e produzido por Colin Trevorrow e Emily Carmichael, Domínio apresenta cenas de suspense e ação incríveis. O posicionamento das câmeras, a sensação de profundidade e a mudança rápida de direção e sentido nas telas tiram o fôlego. Todos já viram cenas de perseguição com motos, ou pessoas andando sob o gelo, mas a criatividade, as técnicas de filmagem e claro, todos os dinossauros envolvidos elevam esses momentos e prendem os telespectadores do início ao fim.  A perseguição de motos com Chris Pratt no comando lembra muito uma cena do último 007, mas o perigo de ser devorado por dinossauros a qualquer momento é inédito. Ou quando o personagem de Sam Neill representa todo o público que está assistindo com um monstruoso dinossauro respirando bem na sua frente e sem técnicas de 3D. Adicionado a tudo isso, os efeitos especiais exibem paisagens belíssimas com os dinossauros e os outros animais coexistindo e acessa no interior de cada pessoa o amor pela natureza e a vontade de proteger esse sistema.

O roteiro apresenta temas atuais e que precisam ser discutidos como o cuidado com o meio ambiente, o respeito às diversas espécies do planeta, a manipulação genética, clonagem, oferta de alimentos para população mundial, responsabilidade das empresas, entre outros. Por exemplo, a personagem Maisie, clone de uma cientista, é a “porta voz” dos dinossauros frutos da engenharia genética e dos outros animais na mesma condição. A jovem dialoga com o público sobre a sua origem e seus sentimentos de um ser criado de forma diferente para conviver nesse mundo. Esse recurso foi excelente para transmitir a ideia de forma simples e clara na história. A obra apresentou muitos temas, e por isso, o tratamento foi superficial para a maioria deles, mas o debate é estimulado para além-filme. Isso não se caracteriza como negativo, pelo contrário, o roteiro manteve o foco no estilo dos filmes da franquia com um passo à frente dos demais. O diretor confessou que o elenco participou da escrita do roteiro principalmente o trio de ouro, Sam, Laura e Jeff.

Jurassic World: Dominio. Foto: reprodução

E a trilha sonora? De arrepiar a alma! Michael Giacchino compõe com brilhantismo a trilha sonora, o coração do filme. Ele fez questão de adicionar partes da composição do genial John Williams nas cenas de maior emoção. Isso confirma que a trilha de Jurassic Park segue sendo uma das mais intensas e bonitas do universo cinematográfico. Nesse momento, os nossos sentidos agiram e as lembranças tocam as músicas nos nossos ouvidos.

“Jurassic World: Domínio” merece ser assistido por toda família. É o segundo melhor filme da franquia, atrás do primeiro de todos (Jurassic Park, 1993). Grandes cenas de suspense, ação, romance com um elenco muito talentoso. O filme possui 146 minutos, mas é tão bom que deixa a vontade de ver mais. Sem dúvida, o grande mérito é das criaturas amadas desde a infância, as primeiras que causam curiosidade, medo, paixão, admiração e nos transportam para um mundo diferente, sem limites, rodeado de natureza e de aventuras, o mundo dos dinossauros.

Dinossauros Blue e sua filha
Foto: Pôster do filme Jurassic World: Domínio/ Universal Pictures

NOTA: 9/10

FICHA TÉCNICA:

Nome: Jurasic World: Dominio

Diretor: Colin Trevorrow

Produção: Patrick Crowley;  Frank Marshall

Duração:146 min

Gênero: Ação/Aventura

Estrelando: Sam Nell, Laura Dern e Jeff Goldblum, Chris Pratt, Bryce Dallas Howard…

Estreia Nacional: 02 de junho de 2022

Resenha publicada por Rodrigo Miranda e produzida por Juliana Garrido

Confira essa e outras novidades n’O Triunvirato e acompanhe as nossas redes sociais para não perder nenhuma novidade.

Fechado para comentários.