Seu Império na Cultura Pop

CríticaFilmes

Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes – Franquia acerta novamente ao trazer prequel com o jovem Snow

Snow cai como a neve, sempre por cima de tudo

Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes é uma prequel da franquia original protagonizada por Katniss Everdeen. Nesse novo filme os fãs conheceram mais sobre o futuro presidente de Panem e além de se questionarem na melhor linha de pensamento do filosofo iluminista Jean-Jacques Rousseau: “Seria o Snow bom de nascença, mas corrompido pela sociedade e suas ações?”.

Assim como nos últimos quatro filmes da franquia, Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes, conta com a presença da escritora Suzanne Collins como produtora-executiva. O longa é divido em três atos, sendo o primeiro o mais curto, uma vez que o diretor, Francis Lawrence (Jogos Vorazes: Em Chamas), optou por fazer uma reintrodução curta do panorama geral da franquia e seguir para o ritmo frenético da historia que os fãs tanto esperavam após 8 anos.

Tom Blyth e Rachel Zegler como Coriolanus Snow e Lucy Gray. Foto: Lionsgate/Paris Filmes

Em Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes somos transportados para a capital de Panem prestes a receber a 10ª edição do Jogos Vorazes, 74 anos antes dos acontecimentos da franquia original, onde acompanhamos Coriolanus Snow (Tom Blyth) aos 18 anos estudando na Academia. Passando por dificuldades após a guerra e em um período onde a população já não acha mais tanta graça nos Jogos e a audiência apenas cai, o jovem Snow terá a oportunidade de revolucionar os jogos e se reerguer, mas para isso terá que ser o mentor do tributo do Distrito 12, Lucy Gray Baird (Rachel Zegler). Mas tudo isso, é claro, não passa de uma cilada do reitor Casca Heighbottom (Peter Dinklage) para prejudicar o jovem e um plano doutora e atual idealizadora dos jogos Volumnia Gaul (Viola Davis).

O último a sobreviver vence os Jogos Vorazes, essa é a regra. No entanto, com os jogos em declínio, o objetivo é transformar os tributos em um espetáculo a mais e aproximar os telespectadores dos tributos de quem mais gostam, assim como no Big Brother, e é claro, o mentor cujo tributo for melhor vendido para o publico ganhará um grande prêmio.

Porém o filme vai se passando e podemos ver uma certa dualidade na índole de Coriolanus Snow e Tom Blyth consegue passar essa dualidade de maneira excelente, colocando o fã sempre em dúvida se o Snow é mesmo uma pessoa má desde sempre ou se ele foi se amargurando com o passar do tempo e o horror dos jogos. Além disso, o roteiro de Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes foi montado de forma que não só incute essa dúvida na mente do fã, como também funciona como uma ótima adaptação do romance com atuações marcantes, apesar de cortar muitas partes da história.

Casca Highbottom (Peter Dinklage) e Volumnia Gaul (Viola Davis) tem papéis fundamentais na narrativa do longa. Foto: Lionsgate/Paris Filmes

As atuações de Tom Blyth e Rachel Zegler são um espetáculo a parte do filme. Blyth conseguiu criar sua própria versão de Snow de maneira espetacular, mesclando elementos que trazem de volta a memória o Snow de Donald Sutherland na franquia original e um Coriolanus marcado pelos traumas da guerra, sob a pressão de salvar sua família e continuar o legado de seu pai. Zegler, por sua vez, encarna Lucy Gray de forma magnifica, a atriz encarnou sua personagem da forma mais fiel possível de maneira a parecer que estávamos simplesmente lendo o livro, além de tirar o fôlego do espectador com sua imensa habilidade vocal as belas cenas musicais.

Rachel Zegler faz números musicais incríveis durante o filme. Foto: Lionsgate/Paris Filmes

As atuações de Peter Dinklage e Viola Davis também foram incríveis, Dinklage coleciona atuações espetaculares que vão da série Game of Thrones até Vingadores: Guerra Infinita, em Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes o ator entregou um Casca Highbottom como o famoso criador dos Jogos, mas que fez inúmeras escolhas erradas, e mesmo arrependido, se vê de mãos atadas com a continuidade de sua criação. Já Viola Davis, rouba a cena como a Dra. Volumnia Gaul, a idealizadora responsável pela 10ª edição dos Jogos e defensora da supremacia total e segregação da Capital em relação aos Distritos, destacando várias vezes seu desprezo pelos rebeldes e seus apoiadores.

Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes é um filme muito bom e que vale a pena ser assistido nas próximas semanas, o longa com atuações emocionantes e incríveis, além de todo o drama da competição sangrenta e todo o panorama político por trás das ações dos personagens. Francis Lawrence acertou mais uma vez com outro filme espetacular dentro da franquia Jogos Vorazes.

Ficha Técnica:

Pôster oficial de Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes. Foto: Lionsgate/Paris Filmes

Nome: Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes

Nome Original: The Hunger Games: The Ballad of Songbirds & Snakes

Diretor: Francis Lawrence

Duração: 157 min

País: EUA

Gênero: Ação/Aventura

Estrelando: Tom Blyth, Rachel Zegler, Viola Davis, Hunter Schafer, Peter Dinklage

Estreia Nacional: 15 de novembro de 2023

NOTA: 8,5/10

Confira essa e outras novidades sobre filmes n’O Triunvirato e acompanhe as nossas redes sociais para não perder nenhuma novidade.