Resenha: Uncharted: Fora do Mapa

Uma adaptação leve e eletrizante

                                                                                                      

 A infância é para muitos a melhor época da vida de um ser humano. (Para mim, por exemplo, foi a melhor fase de toda a minha vida), na infância somos realmente livres (não que atualmente não sejamos) mas, pelo simples motivo de ainda não termos noção de que o mundo é tão mundo. Este período infelizmente não dura muito tempo, porém suas lembranças e experiências marcam a vida de quem quer que seja. Andar, escrever um lindo poema, ler esta resenha, pensar sobre ela, argumentar são diferentes ações que desenvolvemos e aprendemos antes de tudo lá na infância. Ao nos depararmos com um fator hipotético que nos remeta a nossa infância a famosa nostalgia boa aparece para nos fazer lembrar do maravilhoso passado. É indiscutível, que todo já tenham passado por esta experiência, a da Nostalgia. É este o sentimento que tive, ao assistir a cabine de Uncharted fora do mapa.

Adaptações de jogos nem sempre são bem-vindas. Geralmente quando se anunciam uma adaptação são dois os sentimentos da comunidade em geral: desconfiança e expectativa. Isto porque, se torna uma tarefa extremamente difícil e complexa reduzir a história de um jogo que possui de 10 a 20 horas em um filme com no máximo 2 horas, elementos e narrativas importantes serão sacrificados e a liberdade criativa do diretor aparece. A expectativa seria a possibilidade de sair contente com o filme, de se sentir representado.

  Uncharted é uma famosa franquia de jogos da Sony e que foram produzidos pela Naughty Dog com seus 4 títulos + uma DLc lançados já há algum tempo, os jogos são recheados de aventura, ação, mistério e com um personagem principal carismático pode-se dizer que a franquia Uncharted foi um prato cheio para a adaptação da Sony Pictures. Pensando neste cenário, no primeiro semestre de 2022 Uncharted: Fora do mapa vem a cena, estrelando Tom Holland para o papel principal de Nathan Drake, Mark Wahlberg para Victor Sullivan e Antônio Banderas para o vilão Santiago Moncada.

   Para falar de uncharted o requisito mínimo é sua chave principal, Nathan Drake. No início é de se ficar receoso ao pensar que o intérprete do personagem principal é o famoso ator, Tom Holland que também interpreta o homem aranha no universo da Marvel. Todavia, Holland interpreta lindamente o papel de Nathan Drake e conseguimos fazer a distinção logo no início do longa.  Ao lado de Drake, há sempre o seu melhor amigo, Victor Sullivan interpretado por Mark Wahlberg, onde por diversos momentos Sullivan rouba a cena com leveza e comédia.

  Sobre o enredo o longa adapta vários momentos de todos os jogos, mas em especial do Uncharted 4: A Thief´s End.  No filme, a trajetória de Nathan Drake e Victor Sullivan se permeia na origem do ladrão, onde se busca o tesouro perdido do pirata chamado Magalhães. Nathan e Sullivan ainda não se conhecem e como são ladrões não existe confiança na relação. A trama foca a relação de confiança entres eles, o que acaba   gerando repetitividade no roteiro e clichês.

Este clichê poderia dizer, foi o único ponto negativo deste longa. De certa maneira, esta repetitividade que seria o problema das adaptações, gera uma história linear, ou seja, já de início conseguimos entender o início, meio e fim do filme. Se torna chato ou no mínimo tedioso não esperar uma reviravolta ou um fato inusitado do longa.  

Uncharted é um jogo de ação e aventura, e toda boa aventura fica acompanhada de uma trilha sonora linda e envolvente. Assistindo ao filme é perceptível o cuidado que o diretor teve com as músicas, principalmente de colocar as famosas trilhas sonoras do jogo dentro do filme. (Por diversas vezes me senti como se estivesse jogando todos os jogos mais uma vez).

O problema das repetitividades, fica um pouco amenizado com os investimentos pesado que a Sony Picture realizou nos efeitos visuais para criar cenas de ação maravilhosas para prender a atenção do público do início ao fim. A cena épica que me chamou atenção é a de logo no início, onde Drake está preso entre uns cabos entre a vida e a morte no avião. Esta cena foi retirada do Uncharted 3 Drake´s  Deception.

Uncharted: Fora do mapa entrega tudo aquilo que se espera de uma adaptação de uma famosa franquia de jogos, tiros, pancada, perseguição, explosões e claro muita ação. Peca, porém, em desenvolver sua narrativa, com elementos repetitivos e clichês já falados anteriormente. Mesmo a assim, como entretenimento merece ser assistido.

NOTA: 8/10

FICHA TÉCNICA:

Nome: Uncharted: Fora do Mapa

Diretor: Ruben Fleischer

Gênero: Aventura/Ação

Estrelando: Tom Holland, Mark Wahlberg, Antonio Banderas …

Estreia Nacional: 17 de fevereiro de 2022.

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